Os tres pastorinhos

Antes do jantar resolvemos todos passar pelo café do Francisco, o dia tinha sido difícil, eu completamente esgotado da minha viagem ao Sirilanca, o que importa é que vendi todos os bonecos de Voodo.
Ao chegar ao café, nada de novo, as cenas do costume, o Kits a discutir com a mulher do Francisco por causa do preço das baunilhas, o Vicky a mandar cuspidelas ás miúdas que passavam junto á porta, o Anão a brincar com os filhos da Jacinta, ou seja nada de novo. Entrei, disse boa noite ninguém me respondeu, sentei me na mesa do Luís, que estava a tentar fazer explodir o cinzeiro com o pacote de açúcar.
Perguntei-lhe,”Porque estas a fazer isso? A única resposta que tive um ranger de dentes e um olhar tudo menos fofo. Estávamos quase todos, apenas os irmãos Zé Rui e Kalaj estavam atrasados.
Comecei por pedir um finito, visto ser a bebida mais representada na mesa, tirando o Gay que bebe groselha numa chávena de café…. (?????), Estava a levar a cerveja á boca quando entra a Lúcia, a filha do Francisco, a única miúda da Vila com todos os membros completos!!!! Ao passar por mim pisca-me o olho, respondi lhe com um trincar no tremoço, senti lhe as pernas a tremer. Fez me sinal, encontrei a na cozinha, ao chegar puxei lhe os cabelos como ela gosta, mergulhei lhe a cabeça na banca da louça, ela pronunciou um Aí Farraj! …muito tímido, contra-atacou me com um beijo nas golas da camisa, OH MEU DEUS! Resolvi parar pelo respeito que tenho ao pai, e saí disparado para a minha mesa, que estava em chamas, com Luís de braços cruzados a deliciar-se com o cenário.